quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O Alfabeto de Babel

Que tudo o colocado no Antigo Testamento são simples histórias referenciais e nada pode ser levado ao pé da letra acredito que todos, os não fanáticos, sabemos. Só que infelizmente existem pessoas que levam tudo ao total pé da letra pelo menos daí nascem boas histórias. Neste livro vamos descobrir o que vem a ser realmente "A Torre de Babel" no bom estilo de Dan Brown e Clive Cussler. Antes uma curiosidade, na língua primordial foi escrito o nome de Deus, que segundo as sagradas escrituras NUNCA deve ser pronunciado (tanto que se reparar existe um mandamento "Não falarás o nome de Deus em vão") com o risco de finalizar a criação.

O Alfabeto de Babel
Autor: Francisco J. de Lys
Original: El Alfabeto de Babel

A história é bem simples Gabriel Grieg, um arquiteto de Barcelona, recebe a visita de Catherine, uma bela jovem que o adverte que só tem 24 horas para escapar da morte (isso me fez lembrar de "O Código da Vinci"). O problema que este livro é bem diferente do estilo de Dan Brown e existe um excesso de informação e uma falta de ação. Somente mais da metade do livro aparece o vilão principal (no qual ainda ficamos da dúvida se realmente é o vilão). Resultado! Como livro para conhecer muitos detalhes da história da "Torre de Babel" é bem interessante além das profundidades da Igreja (Opa! agora vamos de "Anjos e Demônios", inclusive com referências ao conclave).

Além desses livros já citados temos mais algumas interessantes referências como o clássico "A Ilha do Tesouro" de  Robert Louis Stevenson (inclusive Gabriel consegue um exemplar autografado). A vida do arquiteto Antoní Gaudi, que morreu atropelado, foi confundido com um mendigo e quase enterrado como anônimo, e a sua obra máxima "A Sagrada Família". Além disso, existe uma frase que Gabriel cita que não conhece o autor: "A morte é uma caçadora tão implacável e segura de suas próprias forças que nos dá toda uma vida de vantagem antes de pegar-nos" (se estou correto li uma frase similar em "O Guia do Mochileiro das Galáxias" de Douglas Adams).

Toda a ação do livro se passa em 52 horas da vida de Gabriel, e como disse com muita, muita e muita informação, mas infelizmente muito pouca ação. Se deseja um livro "de ação para pensar" (essa frase ficou bem estranha) este é o livro ideal para ler pois no máximo consigo classificá-lo em um livro de referências e com uma interessante história.

Boa leitura e até a próxima
Fernando Anselmo

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