domingo, 26 de abril de 2015

Meta 2015 - 18 de 60 - A Estratégia do Oceano Azul

Por muitas vezes ouvi esse falar desse livro, os professores da minha pós de Gestão Empresarial o reverenciam, mas sempre torci o nariz, pois me parecia mais um livro de "auto ajuda" do que algo para ser encarado a sério além disso seu preço (acima dos R$ 60,00) nas livrarias não me ajudava muito a decidir comprá-lo.

Descobri 2 coisas, primeiro uma livraria virtual chamada Estante Virtual que vende excelentes livros a um preço razoável (na verdade o site é um portal de diversos Sebos) e sendo assim pude adquirí-lo a um preço justo e que o livro de W. Chan Kim e Renée Mauborgne realmente merece toda a atenção que lhe é devida.

A obra sem dúvida impressiona a quem deseja montar um negócio. Primeiro existe um ponto em comum a todo negócio de sucesso, que o livro trata como Oceano Azul, onde neste caso o preço chega a ser irrelevante. São citados vários exemplos, de companhia aérea a academia de ginástica voltada ao público feminino, da revolução do Cirque Du Soleil ao vinho Yellow Tail. Pois todos esses negócios tem em comum o simples pensar fora da caixa e oferecer ao seu cliente a "Pérola da Ostra" e um serviço pra lá de especial.

O Brasil, esses dias, contou com um dos casos do claríssimo Oceano Vermelho (que é exatamente o oposto), quantas lojas abriram e venderam a famosa Paleta Mexicana? Quantas pessoas investiram todas as suas economias para vender tal iguaria? E o que aconteceu? A maioria já fechou as portas. Qual motivo? Falta de destaque neste mundo, que é o que faz o Mac Donald's concorrer e vencer no restrito mundo das lanchonetes fast-food. Pensar no Oceano Azul significa que devemos analisar as seguintes forças: Redução. O que deve ser diminuído no nosso negócio pois isso não gera atrativo? Criação. Quais são os atributos que devem ser oferecidos. Elevação. O que devemos crescer no nosso negócio afim de atingir o público que desejamos atender? E finalmente, Eliminação. O que é considerado por outros como indispensável mas que devemos eliminar de modo a não termos mais quaisquer concorrência?

Os autores consideram isso como uma Nova Curva de Valor, que colocará o negócio tão distante que não existirá mais a palavra concorrência de mercado, ou seja, o Nirvana de qualquer empresário e que várias empresas já provaram que é possível atingi-lo.

Obrigado e boa leitura
Fernando Anselmo

terça-feira, 21 de abril de 2015

Meta 2015 - 17 de 60 - Wikinomics

Comprei este livro a muito tempo atrás, porém ficou armazenado na minha prateleira. Lia um pedaço aqui, meia parte ali, mas nada muito concreto. Esse mês resolvi lê-lo como é devido e continua tão atual como sempre.

Wikinomics - Como a colaboração em massa pode mudar seu negócio. É um livro sobre processos colaborativos, ou seja, assuntos como Linux, Wikipédia, YouTube, Flickr e até Second Life são tratados pelos autores Don Tapscott e Anthony D. Williams.

Sabemos que a maior razão da existência do Software Livre é como ele é construído e mantido, por uma legião de fãs apaixonados por criar algo. Quando o Linux nasceu da cabeça do Torvalds sua intenção foi de ter um sistema que pudesse substituir o Unix, e pudesse ser usado por qualquer pessoa. Acredito que nunca ele tenha imaginado que o sucesso de seu sistema seria tão grande a ponto de rivalizar com empresas como Microsoft e Apple e ter como sócios colaborativos empresas do porte da Google ou IBM.

Afinal o que é Wikinomics? A Wikipédia surgiu quando em Janeiro de 2001, Jimmy Wales resolveu disponibilizar alguns artigos de maneira que as pessoas no mundo inteiro pudessem complementá-los, só que de forma exponencial. Em 2005 estava criado um fenômeno a maior enciclopédia mundial do planeta com seus 860 mil artigos (apenas para compararmos a segunda maior, a Britannica possui 80 mil artigos) e o botão "Edite essa página" continua muito ativo.

Desse efeito surgiu a expressão Wikinomics, baseado no processo colaborativo mundial, que citando seus autores: "Na verdade, estamos falando de mudanças profundas na estrutura e no modus operandi da empresa e da nossa economia, baseadas em novos princípios competitivos tais como abertura, peer production (peering), compartilhamento e ação global".

O capítulo entitulado "Ideágoras" é surpreendente e mostra que uma ideia pode (e deve) ser compartilhada além das fronteiras de uma empresa, novos talentos podem ser descobertos em muitos recantos. Imagine se Torvalds resolve-se não compartilhar o código fonte de seu sistema e mante-se apenas para si o que estava criando, será que o Linux seria esse sucesso que é hoje? Existem milhares de formas de se ganhar dinheiro com as ideias compartilhadas, e como diria aquele velho ditado: "Várias cabeças pensam melhor que uma só".

Obrigado e boa leitura
Fernando Anselmo

sábado, 18 de abril de 2015

Meta 2015 - 16 de 60 - Cruzando o Abismo

Não se assuste com as próximas 5 publicações, pois elas nada tem a ver com literatura. Entre a gama de livros que escolhi para ler este ano estavam alguns que a muito tempo desejava ler mas que vinha "enrolando", lendo um pedaço aqui, uma degustação ali - realizar uma pós em Gestão Empresarial me obrigou a pensar diferente e dar mais valor a esse tipo de leitura. Espero que possa ser muito útil para quem deseja "pensar um pouco fora da caixa".

Esse livro é um campeão de vendas, Geoffrey A. Moore escreveu uma interessante teoria sobre "Cruzando o Abismo". Afinal de contas o que é esse abismo? Devemos entender que todo novo produto ao ser lançado é adotado através dos seguintes grupos: 1. Inovadores - são os que chegam em primeiro, usam as versões betas e nem pensam muito no risco que estão correndo. 2. Visionários - após os inovadores são os que adquirem a tecnologia quando ela ainda não está consolidada. 3. Maioria - são os que dão força necessária para que a tecnologia seja um sucesso e substitua sua antecessora. 4. Conservadores - são os que usam a tecnologia quando já passou do ponto de consolidação e está começando a ser substituída por outra, porém essa apresenta mais segurança. 5. Retardatários - são os saudosistas, usam a tecnologia mesmo quando está totalmente ultrapassada. Em conjunto, esses cinco grupos constituem o Ciclo de Vida de Adoção do Produto.

Segundo Geoffrey existe um abismo entre os consumidores que adotam o produto mais cedo (grupo 2) e a maioria inicial (grupo 3). Isto porque os visionários e os pragmáticos têm expectativas bem diferentes. Em um mercado temos: clientes, necessidades e muitos concorrentes. Como riscos temos: a marca e possíveis dificuldades em distribuição e vendas. E isso nada tem a ver apenas do risco do produto ser aceito ou não pelo mercado, mas também da velocidade e intensidade com a qual isso poderá vir a acontecer. Essas variáveis definem a sobrevivência ou morte de uma empresa.

Ao expor estas diferenças, o autor sugere técnicas para se atravessar esse abismo, incluindo escolher um mercado alvo, compreender a noção do "produto total", posicionamento do produto, estratégia de Marketing, escolha do canal de distribuição e preços apropriados. O passo mais difícil é fazer a transição para cruzar o abismo. A estratégia correta consiste na "criação conjunta de valor", na qual deve ser monitorado atentamente como cada empresa está ganhando com seu ambiente de negócios em comparação com o que a está se investindo.  Se uma Startup fez um bom trabalho, receitas virão logo e com crescimento linear (sem o “abismo” na curva do ciclo de vida do produto). Mas as empresas já estabelecidas vão defender seus territórios. Para ser mais preciso: quem manda é o cliente. Isto é, o sucesso de um produto não depende apenas de a ideia ser boa, mas principalmente do consumidor sentir que precisa do produto. Os clientes estão mais preocupados com a eficiência com que um produto atende a suas necessidades diárias do que com a tecnologia em si.

Boa Leitura e até a próxima
Fernando Anselmo

sábado, 11 de abril de 2015

Meta 2015 - 15 de 60 - Cabal

Clive Barker é um autor que possui a mesma mente de Tim Burton. Muita gente diz que o principal autor de suspense é Stephen King, acho que essas pessoas deveriam ler Clive. Já li vários de seus livros e sempre fico com pesadelos (ou na melhor das hipóteses sonhos com morte), estou sendo "bobo" então por favor leia sua coleção "Livros de Sangue" ou a saga de "Hellraiser", ou então simplesmente pesquise no google por "clive barker ilustrações" e veja um pouco de seus trabalhos.

Tudo começa com Aaron Boone que possui problemas psicológicos em uma seção com o Dr. Philip K. Decker. Aaron tem tido vários pesadelos e Decker acha que ele pode ser um Assassino Serial responsável por várias mortes.

Após uma tentativa frustrada de suicídio Aaron descobre um culto em uma cidade do interior chamada Midiam. Após fugir do hospital Aaron vai parar nessa cidade e descobre que o real assassino serial é o próprio Decker que quer lhe imputar todos os crimes que ele cometeu (limpando assim as suspeitas sobre si).

Decker então o mata. Poxa Fernando você contou todo o livro, antes fosse esse é apenas as páginas iniciais, a real história começa a partir de agora onde aparece Lori Winston, antiga namorada de Aaron que é atraída a visitar Midiam e irá descobrir toda a verdade sobre as "Raças da Noite" e que seu amado Aaron não está morto mas vivendo de uma outra forma.

Como disse a mente de Clive é um tanto doentia, e a leitura desse livro mostra apenas uma parte dela. Este livro virou um filme (de 1990) chamado "NigthBreed" (no Brasil recebeu o título de "Raça das Trevas") além de quadrinhos com o mesmo título. Confira seu trailler:


Boa leitura e até a próxima
Fernando Anselmo

Meta 2015 - 14 de 60 - O Coração do Tártaro

Quando peguei esta obra de Rosa Montero imaginei em se tratar de um daqueles melosos romances ou associei a palavra Tártaro a alguma coisa ligada aos Templários e a Idade Média. Estava muito enganado em ambas preposições.

O livro começa com Zarza recebendo uma ligação e tendo que fugir, ela antigamente era escrava do reino da Branca (isso mesmo que você pensou: Cocaína), teve que se prostituir para gerir seu vício e se rebaixar até a uma escala bem degradante.

Zarza deve enfrentar os fantasmas do seu passado e durante a obra conta toda a sua história desde a sua infância com seus irmãos (uma irmã mais velha, um irmão gêmeo e outro com problemas mentais) e seu abusivo pai. Até seu encontro com o carpinteiro Montero que mudou sua vida para sempre.

Vamos agora a explicação em relação ao Tártaro (ou se prefere, Inferno), depois foi que lembrei que na Mitologia Grega esse era o local onde as almas pecadoras eram enviadas para serem punidas por seus crimes hediondos. Ou seja, o título poderia muito bem ser "Coração Negro (ou das Trevas)" que faria total sentido. É uma obra que lhe faz pensar sobre o que é realmente o vício, e agradecer a cada dia por determinadas situações na vida (ou ter se livrado delas). A história de Zarza é impressionante porém a parte mais "iluminada" do livro fica por conta de seu irmão com problemas mentais que vive em um Asilo e tem como único brinquedo um "Cubo de Rubik" no qual ele passa o dia todo movendo as cores de um lado para o outro em perfeita adoração (e que segundo a Wikipédia possui 43.252.003.274.489.856.0003 de combinações possíveis).

Obrigado e boa leitura
Fernando Anselmo

Meta 2015 - 13 de 60 - O Protocolo Sigma

Robert Ludlum pode até ser um desconhecido para você, mas basta falar sobre os filmes de Bourne que este brilhante autor deve vir a cena pois todos são de sua autoria.

O Protocolo Sigma nada tem a ver com Bourne e trata de uma obra póstuma deste brilhante autor. A trama se passa quando Ben Hatman um jovem executivo de férias encontra com um amigo na saída do hotel que saca uma pistola e tenta matá-lo. O personagem lembra muito o Agente Bourne pois quando criança ele e seu irmão gêmeo (Peter) foram treinados para sobreviver a situações de extremo perigo então muita coisa que acontece no livro Ben escapa por puro instinto.

Além disso temos Anna Navarro, uma agente do FBI que investiga uma série de mortes que estão acontecendo com velhos executivos com causas que eram para aparentar mortes naturais (inclusive um desses executivos é do Brasil).

Não quero contar muito para não lhe estragar a novela, mas a trama é bem complexa e trata de acontecimentos depois da 2º Grande Guerra com envolvimento dos Nazistas e do controle das grandes corporações. É uma leitura bem gratificante.

Obrigado e boa leitura
Fernando Anselmo