sábado, 7 de janeiro de 2023

Daniel Keyes - Flores para Algernon

 "Que estranho é o fato de pessoas de sensibilidade e sentimentos honestos, que não tirariam vantagem de um homem que nasceu sem braços ou pernas ou olhos, não verem problema em maltratar um homem com pouco inteligência. Enfureci-me ao lembrar que não fazia muito tempo que eu, como esse garoto, tinha sido o tolo que fazio o papel de palhaço."

Esse é um livro que deveria ser obrigatório nas escolas, e não porcarias que são lidas simplesmente porque em 1800 alguém decidiu assim, se a moda agora é ser "inclusivo" ou me "identifico como" então que façam as pessoas a lerem esse livro que funciona muito bem como um tapa na cara desses espertinhos.

Charlie Gordon é um adulto retardado (opa! me desculpe, deficiência intelectual grave - como se isso fosse fazê-lo se sentir melhor) com um QI baixíssimo e que não consegue aprender nada, perde desafios até para um rato de laboratório (chamado Algernon) mas que possui uma sensibilidade altíssima e uma enorme vontade em aprender, apenas para se sentir amado por seus "amigos" que somente fazem "brincadeiras" prá lá de duvidosas com ele. Assim sem pensar em nada (e nem poderia mesmo) aceita se submeter a um experimento científico que fará com que fique "inteligênte".

O livro é todo construído a partir de relatos do próprio Charlie, sua vida, lembranças de infância, evolução e finalmente o medo que todas as pessoas sentem dele, não por se tornar inteligente, mas um gênio. Obviamente é impossível ler o livro sem se lembrar do filme "The Lawnmower Man" (O Passageiro do Futuro) de 1992 (adoro esses títulos modificados do original: "O Homem do Cortador de Gramas", por um idiota que pensa que as pessoas não vão entender que Jobe, o personagem central, era um simples "Jardineiro" com deficiência mental)

Para quem não sabe Daniel Keyes é um roteirista de história em quadrinhos e que a um bom tempo teve essa ideia para criar o livro, mas é óbvio que essa ideia teve influências no filme, pois as histórias são bem similares, principalmente seu medo em relação as mulheres.

É um livro hipnotizante que de "Relatório de Progresso" em "Relatório de Progresso" queremos saber o que se passa com a vida de Charlie e se ele consegue ser feliz, mas é realmente um TAPA na cara das pessoas que ridicularizam ou menosprezam quem possui um grau de inteligência inferior.

Boa Leitura e até a próxima
Fernando Anselmo


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