sábado, 31 de janeiro de 2015

Meta 2015 - 6 de 60 - O Palácio da Meia-Noite

Carlos Ruiz Zafón é um escritor espanhol que tem um estilo muito parecido com Stephen King, seus contos lhe levam da alegria ao terror total em instantes e o Palácio da Meia-Noite não é nenhuma exceção.

O livro se passa na cidade de Calcutá (Índia) onde um homem é perseguido e entrega seus filhos para uma mulher que em seguida entrega uma das crianças em um orfanato, e isso tudo ocorre nas 10 primeiras páginas do livro. Nesta mesma noite foram entregues ao orfanato 7 crianças, e essas se tornam amigos inseparáveis fundando uma associação para lá de estranha chamada Chowbar Society, que se encontram sempre a meia-noite em um casarão abandonado para trocarem contos, histórias e aventuras.

Em sua última reunião aparece um membro a mais para a sociedade chamada Sheere que foi criada por sua Avó e um pouco mais a frente se descobre que ela é a irmã gêmea de Ben o menino orfão que foi entregue pela mulher e agora com quase 16 anos está prestes a atingir a maioridade e sair do orfanato.

Agora Ben, Sheree e os outros membros da Chowbar Society vão enfrentar o seu pior pesadelo a perseguição de um homem de fogo chamado Jawahal um homem atormentado por um passado terrível que tem a ver com os pais dos meninos e um terrível acidente que aconteceu no lançamento de uma ferrovia.

É um livro para ser lido com os nervos a flor da pele que como falei no melhor estilo de Stephen, alias de Zafón.

Obrigado e boa leitura
Fernando Anselmo


Meta 2015 - 5 de 60 - A Batalha do Apocalipse

Que tal se lhe contassem as históricas bíblicas de uma forma completamente diferente, primeiro devemos lembrar o que está escrito: "... e Deus descansou no 7º Dia", e vem uma pergunta: Quanto tempo dura um dia para Deus? então se Deus está descansando quem ordenou todos os conflitos com a raça humana?

A Batalha do Apocalipse acompanha a história dos tempos na visão do Anjo Ablon, um anjo renegado que foi expulso do paraíso por Miguel e condenado a vagar na terra (muito antes da queda de Lúcifer ao inferno), na terra ele passa a lembrar dos acontecidos até chegar perto do final do 7º Dia, no qual segundo a Bíblia ocorrerá o Apocalipse e Deus acordará para julgar os inocentes e pecadores.

Antes de tudo o autor é o brasileiro Eduardo Spohr e possui uma nota máxima em imaginação, para ele o mundo atual está dividido em duas superpotências, um bloco encabeçado com a Europa, EUA e Inglaterra e outro com a China e União Soviética e estão a beira da III Guerra Mundial. Em meio a isso duas forças disputam a supremacia do Céu, uma comandada por Miguel e outra (cansado das destruições de seu irmão) Gabriel. O inferno comandado por Lúcifer também está pronto para a guerra. E neste cenário caótico que vive Ablon um anjo que sobreviveu a todos os perigos possíveis, muitas vezes graças a uma Feiticeira chamada Shamira, no qual conheceu ainda na época da Torre de Babel.

Não quero de maneira alguma contar qualquer trecho do livro que possa estragar sua leitura mas devo dizer que as viagens são bem completas, indo desde antes da criação até a conclusão do que pode ser o Apocalipse, só que enquanto estiver lendo recomendo que se atente muito aos detalhes pois são primordiais para entender tudo o que se passa.

Obrigado e boa leitura
Fernando Anselmo

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Meta 2015 - 4 de 60 - A Mesa Voadora

Posso até me tornar meio repetitivo nessa minha meta mas pretendo ler muitos Veríssimos ainda, suas crônicas são maravilhosas e somente este ano tive a oportunidade de lê-las.

Este livro está entre o sensacional e o delicioso, são crônicas selecionadas onde a narrativa principal são pratos, lanches rápidos, vinhos, cervejas e muita, muita comida. O que me fez lembrar.

No auge da minha gulodice consegui pesar algo em torno dos 130 Kg (e olha que tenho apenas 1,7m de altura, ou seja tinha Obesidade tipo 2). Não era do tipo que engordava fácil, meus irmãos se irritavam comigo pois comia de tudo e nada, o problema é que sempre fazia muito exercício físico, principalmente jogar bola, só que isso foi até os 16 anos.

Comecei a trabalhar com informática e foi um Deus me acuda pois não perdi meus péssimos hábitos alimentares (salada nem pensar, a vaca só come capim e é muito gorda), muito pelo contrário, recebendo ticket para comer a coisa realmente desandou. Frequentava restaurantes e provava de tudo, de rabadas a muita picanha gordurosa, bacon era apenas como aperitivo junto com muito chocolate e salgadinhos de todos os tipos. Cheguei a abusar de algumas "gordices" que realizei ao longo da minha trajetória, tipo comprar um quilo de linguiça de porco, cortá-la em pedaços, fritar com um bom regueiro de óleo, misturar farinha e mandar tudo isso para dentro regado com uma gelada Coca-Cola de 2 litros. McDonald's e outras lanchonetes eram a minha casa, acho que devo ter comido todos os Macs alguma coisa do cardápio repetidas vezes, obviamente sempre acompanhado de fritas grande e sempre trocava a coca-cola pelo Milk Shake de Chocolate.

Atualmente ainda estou gordo (algo em torno dos 87 Kg) mas ainda aprecio uma boa mesa, tento me controlar só que algumas vezes isso é um pouco difícil. Hoje ao chegar em casa, estava com a fixa ideia de comer um churrasquinho (desses de rua mesmo) de frango, só que minha família tinha outros planos, um restaurante italiano. Il-Pandrino* que fica na 412 Norte (Brasília - DF). Chegando lá sou recomendado para comer um Sophia Loren (feito com pão ciabatta e rosbife, além de um molho delicioso) como um bom "gordo" que sou acompanho tudo com uma cerveja leve de trigo, antes porém veio, o que meu filho chamou de nhoque frito (uma espécie de pão frito bem crocante e levemente salgado) o que combinou muito bem com a cerveja. A derrocada do gordinho foi que saindo dali resolvo dar uma passadinha na Palato (que fica no bloco ao lado, perto de uma casa de hambúrgueres - no qual tomo nota para voltar em breve) para finalizar a noite com um belo sorvete de Nutella (ao melhor estilo italiano). Ou seja, facilmente adquiri algumas boas calorias a mais a minha bela silhueta redonda.

Obrigado e boa leitura
Fernando Anselmo

* Veja uma matéria sobre o restaurante aqui

sábado, 24 de janeiro de 2015

Meta 2015 - 3 de 60 - A Princesa de Gelo

Nunca devemos julgar um livro pela capa muito menos pelo título, A Princesa de Gelo (título original: Isprinsessan) é um livro da escritora sueca Camilla Läckberg.

Pelo título pode-se pensar que trata de um livro sobre castelos ou mesmo algum livro com histórias heroicas para crianças, muito pelo contrário, primeiro é um livro situado na época atual, segundo que a história nada tem a ver para crianças é um tema bem adulto (às vezes até demais): bebedeira, suicídio, patricídio são alguns dos temas tratados neste livro, além do principal: Assassinato.

A polêmica mesmo fica por conta do seguinte drama, em uma cidade pequena algumas crianças são forçadas a fazerem sexo e seus pais simplesmente resolvem esconder o fato. Mas estou metendo os pés pelas mãos, vamos começar a falar dos personagens temos a escritora de biografias Erica Falk que retorna a sua cidade natal "Fjällbacka" e ali encontra sua amiga de infância Alex morta em uma banheira congelada com os pulsos cortados onde tudo leva a crer que tinha se suicidado, porém após uma autopsia descobre-se que na verdade foi assassinada. Patrik Hedström, que investiga o caso e é uma antiga paixão de Erica, nos leva a uma investigação por todos os fatos que foram causadores da morte de Alex.

Pode-se dizer que o livro fica por conta desses dois protagonistas em parte acompanhamos Erica que ficou encarregada pelos pais de Alex para escrever sua biografia e Patrick que investiga o crime.

Como disse no começo este não é um livro para crianças e está muito longe disso, um outro detalhe é que muitas coisas neste livro ficam em aberto como por exemplo a separação da irmã de Erica que vivia sendo espancada pelo marido, além do relacionamento entre Erica e Patrick. Mas não se preocupe pois este é apenas o primeiro volume da série "Fjällbacka" (que continua no livro "Gritos do Passado").

Obrigado e boa leitura
Fernando Anselmo

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Meta 2015 - 2 de 60 - Maze

Larry Collins é um desses autores que ao ter um livro nas mãos não se deseja parar, a trama é simplesmente incrível que de tão emaranhada prende o leitor até que este termine a última frase e pode muito bem ser comparado a Dan Brown ou mesmo a Clive Cussler.

Esse é um daqueles livros de bolso que estava guardado na minha gaveta durante muito tempo esperando o momento certo para ler, a tradução do título pode ser tanto Labirinto como Confusão (que na minha opinião seria bem mais certa).

O livro trata de experimentos científicos feitos por duas potências Americana (bem desacreditada quanto aos seus resultados práticos) e a URSS (que tem a KGB por trás de suas investigações e todo o apoio do governo). Nesse cenário temos um aparelho interessante o eletro-magnetômetro que por um lado é usado simplesmente para pesquisas científicas e pelo outro como um descobridor da verdade (bem melhor que um Detector de Mentiras).

Porém, falei de Confusão, o cenário é perfeito o Presidente dos EUA tem fortes dores de cabeça que chega a apresentar sinais de tontura, temendo que seja um tumor cerebral resolve se submeter a uma Magnetoencefalografia. Nada demais até aí se não fosse por um pequeno detalhe durante o exame tem um acesso de cólera devido a uma ação que perdeu para o congresso por causa de um voto contra.

A genialidade de Larry Collins traça uma teia de acontecimentos no qual esse fato vai parar a público. No lado Soviético os Russos que estão muito mais avançados com a pesquisa no aparelho descobrem um modo de enviar ao cérebro sinais de baixa frequência capazes de causar reações registradas. O que aconteceria se o Presidente Americano tivesse ataques de ira durante uma crise com terroristas? Armas nucleares poderiam ser usadas?

A parte mais curiosa do livro são os detalhes que Collins mostra como chegar em solo americano passando por vários países em uma sequencia para lá de inusitada. Ou mesmo como os terroristas conseguem facilmente adquirir passaportes, armas e munições em toda a parte. E vemos que casos como o acontecido atualmente ao Jornal Francês Charlie Hebdo são terrivelmente fáceis de serem executados por loucos extremistas.

Obrigado e boa leitura
Fernando Anselmo

domingo, 11 de janeiro de 2015

Meta 2015 - 1 de 60 - Comédias para se ler na Escola

O livro Comédias para se ler na Escola de Luís Fernando Veríssimo deveria ser classificado como leitura mais que obrigatória. Lembro da minha época de estudante e do trauma que tive com leituras como Machado de Assis, José de Alencar ou outros do mesmo gênero que de tão aborrecidos me fizeram ter medo de pegar em um livro. Medo não é bem a palavra, me fizeram ter horror, um ódio mortal de qualquer coisa que tivesse folhas. Ainda bem que existem obras como Capitães de Areia ou O Coronel e o Lobisomem que me trouxeram de volta a leitura.

Se fosse professor aproveitaria esse excelente livro com suas crônicas fantásticas e usaria como tema para discussão em sala de aula. Em um dos contos um pai dá uma bola de futebol para o filho (que não é de couro mas de um material que não tem o mesmo cheiro) e o filho intrigado pergunta aonde liga. No outro o autor mostra seu vício por leitura chegando ao cúmulo de ligar de madrugada para a recepcionista do hotel perguntando se ela teria qualquer coisa para se ler. Um dos contos que conhecia de outras adaptações foi o do condomínio que prezando demais por sua segurança acaba se transformando numa prisão.

São 35 das mais divertidas crônicas, que como diria uma medida de tempo, muito estranha, é possível ler em 4 sentadas. E foi engraçado perceber como suas crônicas são usadas de forma adaptada por muitas gerações de comediantes. O caso mais simples é da crônica chamada Ator, um trecho diz assim:

O homem chega em casa e se depara com objetos que simbolizam um cenário de filme. Ele se assusta quando, ao abrir a porta do quarto, ouve uma voz: “- Corta!” O diretor diz que ele se enganou na fala com os filhos... confuso, pede para os intrusos saírem de sua casa.
- Corta!
Uma pessoa com seu script na mão diz que ele tem que fingir que está confuso, que não entende nada...
Ele pergunta:
- Mas o que está acontecendo? Quem são vocês?
O diretor diz:
- Ótimo, mas espere estar gravando...
- Gravando o quê? Não vai gravar nada! Diz. O homem agarra o pescoço do assistente, rola pelo chão.

Agora acesse esse episódio da Porta dos Fundos sobre a promoção dos pratos do Spoletto. É um excelente livro para começar com um bom astral em 2015 e cumprir a meta de 60 livros no ano.

Obrigado e boa leitura
Fernando Anselmo