domingo, 2 de março de 2014

Dois Livros e Dois Filmes

Essa semana terminei de ler dois excelentes livros que viraram filmes, e passei muito tempo pensando como iria tratar esse assunto. Primeiro pensei em tratar os livros separadamente, já que foram criados em épocas completamente diferentes, porém possuem uma coisa em comum: Viraram Filmes. Antes de começarmos, desejaria analisar a seguinte imagem:


Existe no Oscar duas categorias: Roteiro Original e Roteiro Adaptado. Para quem não entende nada de cinema, todo filme é feito com base em um ROTEIRO (e eu que pensava que era de um livro). Muitos filmes sequer possuem livro, são criações ORIGINAIS a partir do zero, veja por exemplo o Mega Sucesso de Ficção Científica "Guerra nas Estrelas" (as vezes os livros são criados depois para tentar vender um pouco mais). Já outros criam seu roteiro a partir de um livro (ou Adaptam o Livro se você prefere), daí o termo "Roteiro Adaptado".

O Exorcista
Autor: William Peter Blatty
Título Original: The Exorcist

Instrumentos Mortais - Cidade dos Ossos
Autora: Cassandra Clare
Título Original: The Mortal Instruments - City of Bones

Ambos são livros excelentes, e ambos contam a história de uma jovem encrencada, mas acho que a semelhança termina por aí. Acho que todas as pessoas conhecem a história de ambos (mais por causa dos filmes que dos livros). Só que o que mais me impressionou foi, essa imagem que coloquei claramente aparece (no começo o que me impressionou mesmo foi a tradução correta do título do livro para o português).

No caso de Cidade dos Ossos é ainda muito pior, ficou algo parecido com o primeiro filme de Percy Jackson, parece que o roteirista leu apenas o resumo do livro e achou que o final não prestava. Tipo assim: "Vou mudar esse final, porque as pessoas não vão entender o romance entre a Clary e o Simon, e vão preferir que ela termine com Jace (afinal de contas ele é um Nephilim)". Parece também que no filme acabou o orçamento, então a transformação de Simon em um Rato, ou a aparição das motos dos vampiros (que inclusive voam) ficaram completamente descartadas.

Já em O Exorcista todo o drama do padre Damien Karras ficou relegado a maquiagem de Regan e aos poderes demoníacos, o seja, o coitado morre no final e acabamos sem entender o por quê. Somente agora que li o livro consegui compreender toda a história. Principalmente seu relacionamento com a mãe que o demônio critica dizendo que ele a mandou para o inferno.

Infelizmente é assim que Hollywood trata os livros, pessoalmente acho que alguns roteiristas são piores do que críticos. O máximo que um crítico pode fazer é falar mal do filme, já o roteirista pode destruir um bom livro e criar um péssimo roteiro para um filme.

Boa Leitura e até a próxima
Fernando Anselmo

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