Essa semana terminei a leitura desse livro e queria aproveitar, e antes de perder o fio da meada, comentá-lo. Primeiro, concordo com o autor algumas coisas que aprendi na escola deveriam ser revistas mas simplesmente não são, por exemplo, aprendi que a Feijoada foi criada pelos escravos, para diferenciar do Feijão Branco (e também para não roubar) os escravos tinham sua ração em Feijão Preto e carnes menos nobres do porco (tais como, pé, orelha) como era muito difícil de cozinhar e demorava muito tempo, simplesmente era colocado para cozinhar tudo junto dando origem assim ao prato. Segundo o autor uma bela mentira inventada, pois a origem do prato é Européia em uma técnica que descende do Império Romano.
No livro o autor conta: "O cassoulet, da França, criado no século XIV, é parecidíssimo com a feijoada feito com feijão branco, linguiça, salsicha e carne de porco. Com o feijão preto, espécie nativa da América que os europeus adoraram, o prato tornou-se atração entre os brasileiros mais endinheirados. A citação mais antiga que restou sobre a feijoada mostra a refeição bem longe das senzalas. No Diário de Pernambuco de 7 de agosto de 1833, o elegante Hotel Théatre, do Recife, informa sobre a sua nova atração das quintas-feiras: Feijoada à Brasileira".
Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil
Autor: Leandro Narloch
O livro simplesmente é uma facada nos livros de história, usando como referência textos e pesquisas obtidos por diversas fontes mostra os erros mais grosseiros nos livros utilizados nas escolas. Santos Dumont, Aleijadinho, Lampião e Carlos Prestes, são alguns dos personagens que tem a vida esmiuçada (e destruída) pelo autor. Mas como se diz, vamos começar pelo início, os índios não viviam em paz nem com a natureza e muito menos com seus vizinhos guerras eram uma coisa muito comum assim como queimadas que eles usavam desde a caça até a limpeza do terreno para plantar e quando os Europeus chegaram encontraram um povo vivendo de Mandioca e Amendoim (as únicas culturas da época).
Negros Escravos a primeira coisa que faziam quando conseguiam comprar a liberdade era... comprar um escravo, isso mesmo, casos de Negros que eram donos de vários escravos são relatados no livro, acha que acabou por aí? Viver nos Quilombos era a mesma coisa que ser Médico Cubano e vir para o Brasil no programa Médicos para Todos. Era um verdadeiro inferno e muitas vezes não se tinha para onde escapar.
Recomendo que ao ler, o faça com a mente mais aberta possível e não se deve ater aos velhos preconceitos. Sobre a Guerra do Paraguai, o então presidente paraguaio Francisco Solano López era um ditador louco que levou seu país ao completo afundamento. Santos Dumont um homossexual afetado que apenas queria aparecer e nem de longe inventou o avião no máximo uma máquina que dava saltinhos. Aleijadinho não era como "O Corcunda de Notre-Dame" e possui apenas uma doença de pele suas obras nada tinham de especial. Outro afetado era Lampião que adorava passear de carro com roupas pra lá de estranhas e puxava o saco dos coronéis. Carlos Prestes e Olga ganham um capítulo especial, só para se ter uma ideia, Carlos é tido como um completo idiota que estragou todos os planos dos Comunistas.
Bem, como disse o livro é um tapa na cara dos livros de história e ainda existem muitos mais casos expostos, e se vai ler o faça com a mente totalmente aberta. Falando nisso a palavra "mingau" deriva da pasta feita com as vísceras cozidas do prisioneiro devorado pelos tupinambás.
Boa Leitura e até a próxima
Fernando Anselmo
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