Antes de começar essa postagem gostaria de dizer que não, não publico aqui todos os livros que leio, publico apenas os livros que leio até o final. Alguns livros simplesmente começo a ler, eles me aborrecem e paro com a leitura (ou seja, nunca veremos esses livros por aqui). Resumindo, os livros que publico aqui li e recomendo todos. O livro dessa semana demorei dois anos para ler, comecei em 2013 e só terminei agora em 2014. É um livro muito divertido e interessante.
Confie em mim - Eu sou o Dr. Ozzy
Autores: Ozzy Osbourne e Chris Ayres
Título Original: Trust me, I'm Dr. Ozzy
O que se pode esperar do "Príncipe das Trevas" quando se pergunta: tenho um problema com drogas ou peguei meus filhos roubando coisas dentro de casa. Provavelmente algo louco como: envie suas drogas para mim ou atire seus filhos da ponte. Coisa nenhuma, este é um livro recheado de conselhos interessantes como: acho que deveria encarar seu problema de frente e procurar uma ajuda profissional ou já pensou em ter uma conversa franca com seus filhos? Fiquei bestificado com algumas respostas no qual esperava uma brincadeira ou na melhor das hipóteses um "vá se lasc...". Principalmente porque nas primeiras páginas do livro nos deparamos com coisas como: "Atenção: Ozzy Osbourne não é um profissional médico qualificado. Leia com cautela. É sério, leia com cautela".
Só que ao contrário do que se espera, Ozzy e seu departamento de pesquisas (o nome dele é Chris) encaram com real bom humor todos os temas propostos. E esses temas são todos polêmicos, tais como, Drogas, Álcool, Fármacos em geral, Sexo, Amizade, Família e até Genética, e sempre no estilo de perguntas e respostas, com algumas curiosidades e um teste no final de cada capítulo. Separei uma pergunta para que possamos ter uma boa ideia do estilo de Ozzy:
Caro Dr. Ozzy,
Recentemente fui ao Brasil e vi os alertas de saúde mais inacreditavelmente explícitos no verso dos maços de cigarro - bebês mortos, pés gangrenados, amputados, etc. Você acha que essa "tática do medo" funciona, ou é tão exagerada que tem o efeito contrário?
- Don, Greenwich, Inglaterra
O fato de alguém conseguir tragar e tossir um maço de cigarros inteiro enquanto olha uma foto de um tumor de garganta com trinta centímetros de largura só demonstra como essa porr... é viciante. Juro que, se alguém inventasse a nicotina hoje, ela estaria na mesma categoria da heroína - e digo isso como alguém que já fumou cigarros e usou heroína. Eu me lembro de ser tão viciado em tabaco que chegava a apanhar bitucas do chão para fumar. Nojento, cara. O fato, porém, é que, quando eles começam a imprimir essas imagens terríveis nos maços de cigarros - como cadáveres de crianças e coisas do gênero -, é o caso de se perguntar: "Então por que diabos continuam vendendo essa merd...?". Em algum momento, eles precisam proibir esse troço ou deixar que as pessoas continuem se matando.
Pode-se dizer que Ozzy é bem franco quanto aos temas propostos e tem um estilo brincalhão/sério por todo o livro, vai distribuindo seus conselhos, que são muito bem pensados, conta as experiências que teve e como fez para largar o vício. Logo na introdução do livro, "Se alguém me dissesse alguns anos atrás que eu escreveria um livro dando conselhos, eu daria um soco no nariz de quem zoasse comigo desse jeito", ainda bem que o pessoal do Sunday Times Magazine insistiu e Ozzy aceitou. Essa é uma das colunas de maiores sucessos da revista (tanto que foi parar também na Rolling Stone - A revista não a banda). Muitas vezes estamos lendo e sem perceber rindo muito como as perguntas e respostas:
Caro Dr. Ozzy,
Acabo de engolir um chiclete. É verdade que ele vai levar sete anos para passar pelo meu sistema?
- Frank, Portsmouth, Inglaterra
Não pode ser verdade, porque senão a esta altura eu seria meio humano, meio hortelã.
E nesse clima que a leitura do livro torna-se muito divertida, ou seja bem no estilo do "Príncipe das Trevas".
Boa leitura e até a próxima
Fernando Anselmo
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