domingo, 22 de março de 2015

Meta 2015 - 12 de 60 - Perdido em Marte

Não tinha a menor dúvida que esses 60 livros que separei para ler durante o ano me reservava algumas boas surpresas, esse foi o caso de "The Martian" que traduzido para o Brasil ficou "Perdido em Marte" (caramba o que se passa na cabeça desses tradutores), tudo bem que o título ficou condizente com a situação do livro mas se o autor definiu que o título seria "O Marciano" qual é o problema? E durante todo tempo o personagem brinca com a situação em ser um autêntico Marciano.

Devo dizer que esta obra é fantástica, seu autor Andy Weir é um programador, mas que poderia muito bem se passar por um engenheiro, químico, biólogo, botânico, faz-tudo e principalmente por alguém que consegue realmente prender seu leitor da primeira a última página de um modo muito mais eficiente que Dan Brown.

A história é muito simples, um astronauta fica preso em marte, seus companheiros foram embora achando que ele havia morrido. Só que o drama de Mark Watney está apenas começando, uma nova nave tem previsão de chegar no planeta vermelho (que é dessa cor por causa da ferrugem do ferro predominante no solo - aprendi isso com o livro) somente daqui a 4 anos, porém a comida vai acabar e a primeira providência e arrumar o que comer.

Em meio a muitas confusões, que incluem viagens de carro por quase todo o planeta, ter que arrumar água e hidrogênio, depenar uma sonda e uma nave espacial, se comunicar por meio de código morse e ser observado por uma "Paparazi do Espaço", qual será o destino de Mark que tem tudo para terminar morto.

Para minha grata surpresa, enquanto estava lendo, descobri que este livro vai virar um filme dirigido por ninguém menos que Ridley Scott (Leia-se toda série Alien, Gladiador, Blade Runner e muitos outros) e Matt Damon no papel de Mark. Assista aqui o trailer do filme:


Obrigado, boa leitura e bom filme
Fernando Anselmo

Meta 2015 - 11 de 60 - Assombrações do Recife Velho

Como bom espírita que sou, bem como bom Pernambucano (Natural de Recife, mas desde os 2 anos vivo em Brasília) tinha que ler algo que me atraia como um imã a um prego, não que goste muito de Gilberto Freyre (alias, nem conhecia muitas obras suas), porém "Assombrações do Recife Velho" foi uma grata surpresa.

Achava que seria um livro com contos de fantasmas tendo como pano de fundo o Recife. Ledo engano, a obra se trata de histórias (que podem ser) verídicas do ponto de vista do autor sobre casos de assombração que ocorrem durante muito tempo sobre o Recife.

Com um total de 27 histórias sobre fantasmas, lobisomens e outros tipos de aparições, vejamos aqui um pequeno detalhe da obra: "O caso da rua dos Sete Pecados Mortais, à qual se deu o nome, aliás ilustre, de Tobias Barreto. Chamava-se dos sete pecados mortais — um encanto de nome! — por ter sido nos seus começos “extenso beco contendo sete casas do mesmo lado e habitadas por mulheres fadistas”. Tinha a velha rua tanto direito a continuar rua dos Sete Pecados Mortais como Chora Menino a continuar Chora Menino. Encanta-Moça, Encanta-Moça. Rua do Encantamento, rua do Encantamento".

Facilmente percebemos mais uma narrativa jornalistica e assim permeia toda obra, com uma tentativa a cada conto de tentar achar uma explicação lógica para a história que acaba se ser narrada, como no conto: Um Barão na escada, num lençol manchado de sangue. ao final Freyre completa: Não tardou, porém, a explicação: à dona acabara de aparecer a figura do tio barão envolvida num largo lençol branco todo manchado de sangue. Horas depois chegavam ao Recife notícias de Vitória: tiroteio na igreja durante as eleições. Conflito sangrento. O barão de Escada fora assassinado. Ou seja, acredite no mundo dos mortos ou não é uma leitura agradável de se ler e diria no mínimo curiosa.

Obrigado e boa leitura,
Fernando Anselmo